Alimentação e doenças autoimunes: saiba como ela pode ajudar no tratamento

Alimentação e doenças autoimunes

A relação entre alimentação e doenças autoimunes pode ser facilmente explicada com a famosa frase “nós somos o que comemos”.

Isso porque já foi comprovado cientificamente que uma alimentação saudável é algo significativo para as pessoas portadoras de doenças autoimunes. 

E para explicar a  você em mais detalhes toda essa relação, preparamos esse artigo completo sobre o impacto da alimentação e doenças autoimunes em sua vida. 

Acompanhe a leitura!

O que são doenças auto imunes?

As doenças autoimunes são enfermidades que acontecem quando existe um distúrbio no sistema imunológico fazendo com que ele produza anticorpos que agem contra as nossas células, órgãos e tecidos do próprio organismo.

Essas doenças autoimunes se iniciam com sintomas que não são específicos, ou seja, que são normais de quaisquer outros tipos de doenças, como fadiga, febre, dores nas articulações e infecções.

Entre esses tipos de doenças as mais comuns são:

  • artrite reumatoide
  • lúpus eritematoso sistêmico;
  • tireoidite de Hashimoto;
  • diabetes mellitus tipo 1;
  • doença de graves.

Existem também algumas mais raras, como a Esclerose Múltipla, a síndrome de Sjögren e a Esclerose Sistêmica Progressiva.

O que causa as doenças autoimunes?

As causas das doenças autoimunes podem ir desde predisposição genética, gatilhos ambientais e intestino permeável.

Abaixo, explicamos melhor cada um desses fatores. 

Predisposição genética

A predisposição genética de doenças autoimunes diz respeito a um grau  de hereditariedade.

Entretanto, as chances das doenças se repetirem em parentes de primeiro grau são remotas.

Gatilho ambiental 

Os gatilhos ambientais se tratam de disposições que podem estar relacionadas às doenças autoimunes, como:

  • luz solar: a radiação ultravioleta pode levar ao desenvolvimento de dermatomiosite juvenil, uma doença autoimune que causa fraqueza muscular e erupções cutâneas;
  • pobreza infantil:  relacionada à artrite reumatoide na idade adulta;
  • produtos químicos agrícolas: pode levar a artrite reumatoide;
  • mercúrio orgânico: tipicamente causado pelo consumo de peixes contaminados, desencadeando doenças autoimunes, como lúpus, doença inflamatória intestinal, esclerose múltipla e artrite reumatóide.

Intestino permeável

As doenças autoimunes têm uma relação estreita com o intestino, pois boa parte dos processos dessas doenças começam no sistema intestinal.

Essa é uma das primeiras relações que podemos fazer entre alimentação e doenças autoimunes, afinal, os alimentos que entregamos aos nossos corpo podem inflamá-lo.

E esses alimentos que causam inflamação têm os seus processamentos iniciados em nosso intestino.

Qual a importância da alimentação saudável para os portadores de doenças autoimunes?

A importância de uma alimentação saudável para os portadores de doenças autoimunes está no fato de que determinados alimentos colaboram para reduzir os sintomas, ajudando no tratamento.

Assim, a alimentação e doenças autoimunes passam a ter uma relação simbólica uma vez que elas são causadas por uma desordem do sistema imunológico, ou seja, quando o nosso organismo não consegue diferenciar quais são as células saudáveis e passa a atacar a si próprio.

Nesse cenário, é preciso pensar em medidas que fortaleçam a imunidade, algo que uma boa alimentação pode proporcionar.

Isso porque determinados alimentos colaboram para o sistema imunológico fazendo com que a alimentação e doenças autoimunes tenham prognósticos melhores e leve a regressão de sintomas e comorbidades. Saiba mais sobre uma vida mais Saudável Comigo!

Além do mais, uma alimentação incorreta também pode ser o fator de risco para levar a inflamações em nosso organismo, fazendo com que determinados alimentos sejam repensados em dietas de portadores de doenças autoimunes, afinal, esses alimentos podem agravar o quadro inflamatório e das dores. 

Então, podemos afirmar que a relação de alimentação e doenças autoimunes também consiste em fazer algumas exclusões de alimentos para prevenir inflamações e melhorar os sintomas dessas doenças.

Abaixo, entramos em mais detalhes sobre a relação da alimentação e doenças autoimunes.

alimentação e doenças autoimunes

Como melhorar a alimentação para doenças auto imunes?

Para melhorar a alimentação e doenças autoimunes é preciso retirar o glúten e a lactose da sua dieta, manter alimentos ricos em vitamina D, reduzir os alimentos industrializados e evitar alimentos inflamatórios.

Na sequência, explicamos em mais detalhes como colocar tudo isso em prática!

– Retirar o glúten e a lactose da dieta

O glúten tem uma forte ligação com a alimentação e doenças autoimunes por conter propriedades inflamatórias capazes de atacar o nosso organismo.

Geralmente o glúten está em derivados do trigo, cevada, centeio ou aveia, fazendo com que a reação inflamatória seja originada pela gliadina, com alergia alimentar que pode desencadear reações imunomediadas, colaborando para o aparecimento de doenças autoimunes.

Assim como o glúten, a lactose também pode ocasionar processos inflamatórios em nosso corpo, causando uma sensibilização do trato intestinal, aumentando os sintomas de doenças autoimunes.

doença de behcet e alimentação

– Alimentos ricos em vitamina D que fortalecem o sistema imunológico

E se existem alimentos que são prejudiciais para os portadores de doenças autoimunes, há também aqueles que são benéficos.

Ou seja, existem alimentos que fazem bem para o organismo dos pacientes e que devem ser inseridos em suas dietas, como a vitamina D.

Esta vitamina está presente no salmão, manteiga, iogurtes, cogumelos, truta, sardinhas enlatadas no azeite, carne de boi e afins.

Porém, grande parte da obtenção da vitamina D vem da exposição solar, então, considere até mesmo alguns momentos no sol para a sua dieta!

alimentação para doentes autoimunes

– Reduzir os alimentos industrializados 

Os alimentos industrializados são facilmente encontrados em prateleiras de supermercado e estão recheados de aditivos químicos, como corantes, conservantes, aromatizantes, antioxidantes e estabilizantes. 

Todos esses elementos são o que garantem a entrega desses alimentos prontos ou semiprontos e aumentam a durabilidade deles.

Mas ao mesmo tempo em que tudo isso é entregue com praticidade e rapidez, os aditivos químicos também são um sinal de perigo.

Por exemplo, os corantes podem até deixar os alimentos visualmente bonitos e com mais cores, como no caso de bolos, bebidas, massas e sorvetes.

Mas o seu consumo é extremamente prejudicial para a pele e pode levar a alergias,  problemas respiratórios, irritação da mucosa do estômago e causar interferências no processo metabólico do organismo. 

Os conservantes também são outro exemplo, pois ao mesmo tempo que evitam a ação e proliferação de micro-organismos, como fungos e bactérias, garantindo uma maior durabilidade aos alimentos como chocolates, carnes, pães e refrigerantes, eles reagem em nosso organismo causando problemas gástricos, déficit de atenção, alergias e até mesmo doenças graves, como o câncer.

– Evitar alimentos inflamatórios

Os alimentos inflamatórios se tratam daqueles que quando consumimos causam reação em nosso organismo, pois ele os vê como agentes perigosos e logo ativa as suas células de defesa contra eles.

Então, inicia-se um processo químico dentro do nosso organismo para combater esse ataque.

Quando isso se torna frequente, existem altas chances de começar um desequilíbrio dentro de nós, devido a oxidação, algo prejudicial e danoso às proteínas no DNA de suas células e lipídios, elevando probabilidade de doenças autoimunes se desenvolverem. 

É importante saber que a inflamação do nosso organismo causada por alimentos é um quadro silencioso, portanto, é comum que o seu diagnóstico seja tardio.

É então que nos relacionamos a alimentação e doenças autoimunes, pois existem  alimentos inflamatórios que devem ser evitados, pois eles podem causar: 

  •  desconfortos digestivos;
  •  envelhecimento precoce;
  •  doenças autoimunes;
  •  doenças cardiovasculares;
  •  doenças respiratórias.

Neste cenário, os principais alimentos inflamatórios que podemos citar são: 

  • alimentos ricos em glúten;
  • alimentos açucarados;
  • laticínios;
  • carboidratos refinados;
  • embutidos e carne vermelha;
  • industrializados;
  • frituras (alimentos ricos em ômega 6);  
  • gordura trans.

doenças autoimunes começa no intestino

Dieta anti-inflamatória: como ela pode ser uma aliada contra as doenças autoimunes?

Uma dieta anti-inflamatória pode ser uma aliada da alimentação e doenças autoimunes, pois em qualquer tipo de doença o tratamento não se faz somente com remédios, mas também com novos hábitos.

Por exemplo, tomar os remédios, dormir bem e praticar exercícios físicos são atitudes que podem colaborar para a cura de doenças autoimunes, mas uma boa alimentação precisa estar associada a todos esses pontos.

Por isso é fundamental adotar uma dieta anti-inflamatória repleta de alimentos que colaboram para uma boa alimentação e doenças autoimunes, para regredir os sintomas conforme você mantém essa dieta. 

E diferente do que se imagina quando falamos em dietas, a dieta anti-inflamatória não envolve comer pouco ou focar em perder peso.

O seu objetivo é consumir mais frutas, verduras e proteínas de forma saudável e adequada ao seu organismo, além de respeitar os horários de alimentação, sempre pensando em como combater e prevenir processos inflamatórios no organismo.

Para pessoas com artrite, por exemplo, uma doença autoimune, esse tipo de dieta é capaz de diminuir os episódios de crises e surtos, colaborando para uma melhor qualidade de vida.

Os alimentos mais indicados para dietas anti-inflamatórias, que melhoram a alimentação e doenças autoimunes são: 

  • frutas cítricas e vermelhas;
  • legumes;
  • iogurtes naturais;
  • óleo de coco;
  • azeite de oliva;
  • abacate.

Nesse sentido, também é preciso evitar ou substituir alguns alimentos, como o macarrão e o arroz, que podem ser trocados por suas formas integrais.

Como perceber os sinais de inflamação?

Para perceber os sinais da inflamação, basta que você note algumas alterações que o seu organismo pode estar apresentando, como: 

  • diminuição da concentração a ponto de interferir na sua produtividade;
  • inflamações no corpo que levam a oscilação de energia;
  • irregularidades no intestino, pois ele não consegue eliminar toxinas corretamente;
  • problemas na pele, como excesso de oleosidade, espinhas, olheiras e outros sintomas que indicam desequilíbrio hormonal;
  • alterações na urina, como cor e cheiros fortes.

Quais alimentos podem aumentar as proteínas inflamatórias?

Os alimentos que podem aumentar as proteínas inflamatórias são o glúten, caseína, gordura vegetal hidrogenada, açúcar e embutidos.

Abaixo, explicamos melhor porque elas aumentam as proteínas inflamatórias e como envolvem a alimentação e doenças autoimunes. Confira!

Glúten

O glúten é o responsável por dar liga a alimentos como massas, bolos, pães e pizzas, fazendo com que eles fiquem mais macios.

E essa sensibilidade que ele proporciona faz com que ele cause inflamação na parede do intestino, tornando mais difícil absorção de nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso organismo.

Caseína

A caseína é a principal proteína do leite de vaca, de cabra ou de ovelha, sendo rica em aminoácidos, como a valina, leucina e triptofano, todos capazes de estimular o ganho de massa muscular.

Ela é ruim para o organismo porque o tamanho molecular da caseína torna mais difícil a passagem pela vilosidade intestinal, causando inflamações na mucosa e tornando mais fácil a passagem de macromoléculas e metais tóxicos, contribuindo para o favorecimento da má absorção de nutrientes.

Gordura vegetal hidrogenada

A gordura vegetal hidrogenada passa pelo processo de hidrogenação de óleos vegetais em condições de alta pressão e temperatura.

Ela é maléfica para a nossa saúde por fazer parte do grupo das gorduras trans.

Açúcar

O açúcar é um grande vilão para a nossa saúde, geralmente presente em doces e qualquer tipo de alimento açucarado industrializado.

E aqui nós destacamos principalmente esses açucarados industrializados, pois eles contém açúcar invertido, uma substância maléfica para o nosso organismo e que é produzida para melhorar o sabor é a textura desse tipo de alimento.

Embutidos

Os embutidos, como salame, presunto, bacon, linguiça e salsicha, costumam ser ricos em sódios, que aumentam o colesterol ruim do nosso organismo (o LDL).

Quais os alimentos mais potentes anti-inflamatórios para colocar no prato?

Os alimentos mais potentes anti-inflamatórios para você colocar no prato a partir de agora são: 

dieta autoimune cardapio

Quais os impactos da má alimentação em doenças auto imunes?

Uma má alimentação impacta doenças autoimunes porque tudo que comemos vai direto para o nosso sistema imunológico, o principal responsável por defender os invasores que levam a essas doenças.

Então, pessoas que têm deficiências nesse sistema estão mais propensas a ficarem desprotegidas de vírus, parasitas e bactérias, fazendo com que maus hábitos alimentares afetem as suas células de defesa e diminuam ainda mais a sua imunidade.

Qual a importância da reeducação alimentar?

A reeducação alimentar é importante porque traz mudanças benéficas de seus hábitos alimentares com foco em melhorar a sua qualidade de vida.

Além do mais, como você viu ao longo deste artigo, existe uma relação direta entre uma boa alimentação e doenças autoimunes, na qual uma reeducação alimentar pode ser a chave para diminuir os sintomas e dores dessas doenças.

Assim, a reeducação alimentar se mostra importante a partir do momento que tem o poder de fazer a manutenção da sua saúde e ajudar na recuperação de suas doenças.

No mais, ao longo desse processo, você também vai descobrir o prazer em manter uma alimentação mais saudável e balanceada para o seu organismo e até mesmo sua mente.

Conheça os benefícios físicos e emocionais de cada alimento para o seu corpo clicando aqui.

E se você gostou de saber mais sobre alimentação e doenças autoimunes, acesse o nosso canal no YouTube e fique por dentro de outras curiosidades que envolvem a sua alimentação e saúde: 

https://www.youtube.com/c/Saud%C3%A1velComigo/featured

Conclusão

Gostou de conhecer mais sobre a relação entre alimentação e doenças autoimunes? 

Como você viu ao longo deste artigo, determinados alimentos colaboram para o sistema imunológico fazendo com que a alimentação e doenças autoimunes tenham prognósticos melhores e leve a regressão de sintomas e comorbidades.

Por isso, salve esse artigo e o consulte sempre que você tiver dúvidas entre quais alimentos incluir e quais diminuir ou cortar de sua dieta!

 

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