Self: a volta para casa

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Depois de muito tempo ausente, estou de volta! Peço perdão a todos pelo sumiço sem motivo. Eu precisava de um tempo para descobrir coisas novas e explorar as novas possibilidades que se abriram para mim.

Eu tive dias muito felizes e estou cheia de novidades boas que quero compartilhar com vocês, mas o tema de hoje é sobre aqueles dias que a gente não se sente tão bem assim.

Aqueles dias em que é mais difícil ser a gente.

Eu tive dias estranhos. Dias em que não me sentia no meu corpo (self) … simbolicamente falando, é claro!  Senti um desanimo tão grande que me decepcionava com as pessoas por algo que talvez elas nem tivessem culpa.

Em meio a toda essa bagunça silenciosa, li o capítulo “ A volta ao lar: O retorno ao próprio Self” do livro Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés. Ela aborda um conto sobre uma mulher-foca que tem sua pele de foca roubada e vive 7 anos sem poder retornar ao mar, seu lar. A mulher-foca é feliz de certo modo, tem um filho na superfície e cuida dele com muito amor… mas ela começa a definhar sem sua pele de foca, sem poder voltar para seu lar. Seu filho então escuta o chamado do mar e recupera a pele roubada de sua mãe permitindo que ela então retorne para casa.

É uma história bonita, cheia de significados para todas as mulheres… e que nesse momento fez sentido para mim. A pele de foca é o que permite a mulher-foca voltar para casa. Retorna ao mar é retornar a nossa própria essência e self, se reconectar com nossa própria alma.

Nós, mulheres, vivemos de ciclos. Ciclos de vida-morte-vida. O grande problema é que as vezes nos perdemos e esquecemos de nossos ciclos ou somos obrigadas a quebra-los.

Quando não voltamos para nosso self, sentimos profundamente essa falta. A mulher-foca teve sua pele ressecada porque demorou tempo demais onde não devia. É a mesma aflição que sentimos quando ficamos além do tempo em uma situação que nos faz pensar “Eu devia fazer isso, mas… mas…”.

O que nos prendeu tempo demais? Pode ser um emprego, um relacionamento, a rotina, a falta de rotina… tantos motivos! Mas a mulher sente um desconforto imenso… E talvez seja isso que eu senti naquele momento.

Eu acho que fiquei muito tempo sem visitar minha alma. Me sentia meio sem rumo, mesmo tendo muita coisa nova e boa acontecendo. Foi estranho sentir esse imenso desconforto dentro de mim e essa gigante dúvida sobre quem eu era e se era boa o suficiente. Nem parecia mais a menina cheia de confiança que aprendeu sobre amor-próprio ano passado.

Me sentia mal sobre meu corpo, sobre meu rosto, sobre minha capacidade intelectual e profissional, sentia como se as pessoas que gosto estivessem se afastando de mim e as novas nem quisessem me conhecer. Eram muitos pensamentos ruins e para todos eles eu tinha um bom motivo para rebater.

Motivos que me fariam ver racionalmente que é tudo bobagem.

E eu sabia que era. Mas continuava me sentindo triste.

Eu culpei a TPM. Realmente fico mais sensível quando estou para iniciar esse novo ciclo e foi muito interessante ler que é na menstruação (e talvez até um pouco antes, quem sabe) que a camada que separa nosso consciente do nosso inconsciente fica mais fina e talvez isso explique porque sentimos tanta insegurança, medo, irritabilidade, falta de ânimo…

É o momento que a gente tem que se confrontar com coisas que talvez não estejam tão bem resolvidas na nossa mente.

E quando faz tempo que não voltamos para nosso lar, nossa alma, tudo fica mais bagunçado ainda.

Qual frequência devemos fazer isso?

É incerta! Cada mulher é um ser único, isso não seria diferente. Mulheres mais sensíveis precisam visitar mais frequentemente a alma assim como as artistas. Isso pode significar ter que visitar a alma todos os anos ou espaços mais longos de tempo… O certo é que estar desconectada me trouxe uma sensação muito ruim.

Depois desse tempo que tirei para mim, estou melhor. Ainda tento entender como fiz para voltar ao lar, a me sentir inteira novamente.

Tenho alguns palpites que envolvem leitura, desenho, longas sonecas e muito trabalho criativo. Voltar a escrever para o blog com toda a certeza é voltar para minha alma. A escrita sempre teve um lugar especial no meu coração.

Obrigada a todos os leitores que acalentaram meu coração e de um modo ou de outro me incentivaram a voltar.

 

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Maria Dias

É Mineira, se relaciona com a comida desde a infância, começou a cozinhar aos 08 anos de idade, mas só veio a trabalhar com a Gastronomia muitos anos depois em Guarujá no conceituado Tahiti Restaurante, se formou Gastrônoma, na sequência se formou…

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