Hepatite viral é uma inflamação do fígado provocada por diversos vírus, sendo uma das principais preocupações de saúde pública no Brasil e no mundo. Essa doença compromete a função hepática e pode levar a sérias complicações se não diagnosticada e tratada a tempo.
O mês de julho, conhecido como o Mês de Combate às Hepatites Virais, é dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Os tipos mais comuns de hepatites virais variam em modos de transmissão e gravidade, mas todos representam uma ameaça significativa à saúde do fígado. A prevenção dessas doenças envolve a vacinação, práticas de higiene rigorosas e cuidados alimentares.
Neste artigo, exploraremos mais detalhadamente o que é a hepatite viral, os tipos mais comuns e como a alimentação pode servir como uma aliada na prevenção.
Convidamos você a continuar a leitura para descobrir informações valiosas e práticas sobre como proteger seu fígado e manter sua saúde em dia durante o mês de combate às hepatites virais e ao longo do ano.
O que é hepatite viral?
Hepatite viral é uma infecção que atinge principalmente o fígado, causando inflamação e comprometendo suas funções. Esse órgão vital desempenha diversas tarefas, incluindo a filtragem de toxinas do sangue, produção de proteínas essenciais e armazenamento de energia.
Quando o vírus da hepatite invade o corpo, ele se instala no fígado, provocando inflamação e lesões nas células hepáticas. Os principais sintomas da hepatite viral incluem:
- Cansaço extremo;
- Febre;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dor abdominal.
Além disso, os pacientes podem apresentar icterícia, uma condição onde a pele e os olhos adquirem uma coloração amarelada devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue. Esses sinais frequentemente surgem após um período de incubação, variando de semanas a meses, dependendo do tipo de vírus.
Entre os sintomas menos comuns, encontram-se:
- Dores articulares;
- Urina escura;
- Fezes claras.
Em casos graves, a hepatite pode evoluir para insuficiência hepática, uma condição crítica onde o fígado perde sua capacidade de funcionar adequadamente. É essencial identificar a doença precocemente para evitar complicações mais sérias.
Para diagnosticar a hepatite viral, médicos utilizam uma série de exames. O teste de sangue é o mais comum, capaz de detectar a presença de anticorpos específicos ou do próprio vírus no organismo.
Do mesmo modo, exames de imagem como ultrassonografia do fígado podem ajudar a avaliar o grau de inflamação e dano hepático. A biópsia hepática, embora menos frequente, também pode ser utilizada para obter um diagnóstico mais detalhado.
Quais os tipos de hepatites virais mais comuns no Brasil e no mundo?
As hepatites virais mais comuns no Brasil e no mundo incluem as hepatites A, B e C. Cada tipo possui características distintas e formas específicas de transmissão.
No Brasil, a hepatite A ocorre frequentemente em áreas com saneamento básico precário. Este tipo de hepatite se transmite através da ingestão de alimentos ou água contaminados pelo vírus.
A hepatite B, por outro lado, se destaca pela sua capacidade de transmissão através do contato com fluidos corporais, como sangue, sêmen e secreções vaginais. No Brasil, as campanhas de vacinação têm reduzido a incidência dessa doença, mas ainda existem muitos casos.
No mundo, especialmente em regiões da Ásia e África, a hepatite B continua sendo uma preocupação significativa de saúde pública.
A hepatite C se espalha principalmente pelo contato com sangue contaminado. Antes da implementação de testes rigorosos para doação de sangue, muitas pessoas contraíram hepatite C por transfusões.
Hoje, o uso de agulhas contaminadas e práticas de higiene inadequadas em ambientes médicos continuam a ser fontes de infecção. A hepatite C, por ser frequentemente assintomática nos estágios iniciais, torna-se uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas no mundo.
Além dessas, a hepatite D e E, também, merecem atenção. A hepatite D só ocorre em indivíduos já infectados pelo vírus da hepatite B, agravando o quadro clínico. A hepatite E se assemelha à hepatite A na forma de transmissão, sendo mais comum em regiões com problemas de saneamento.
Portanto, compreender os diferentes tipos de hepatites virais é crucial para a prevenção e controle dessas doenças. Continue a leitura e sabia como se prevenir adequadamente contra o contágio dos diferentes tipos de hepatites virais.
Como se prevenir?
A prevenção contra os diferentes tipos de hepatites virais exige uma abordagem multifacetada e atenção a diversas práticas de higiene e saúde.
- Hepatite A: a principal medida preventiva é o saneamento básico adequado. Lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro reduz o risco de contaminação. Além disso, a vacinação contra a hepatite A, disponível no Brasil, oferece proteção eficaz;
- Hepatite B: a vacinação é a forma mais eficiente de prevenção. Recomenda-se a vacinação de recém-nascidos, crianças e adultos que não tenham sido imunizados. Usar preservativos durante as relações sexuais e evitar compartilhar objetos pessoais, como lâminas de barbear e escovas de dente, também ajuda a prevenir a transmissão.
- Hepatite C: evitar o compartilhamento de seringas e agulhas é essencial. O uso de equipamentos estéreis em procedimentos médicos e odontológicos – até mesmo em manicures – impede a transmissão do vírus. Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992 devem realizar testes para a hepatite C, pois podem ter sido infectadas antes da implementação de testes rigorosos de sangue.
Alimentação: quais alimentos são capazes de nos proteger contra hepatites virais?
A alimentação desempenha um papel importante na proteção contra hepatites virais, fortalecendo o sistema imunológico e complementando a eficácia das vacinas e hábitos de higiene.
Por exemplo, alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes ajudam a manter o organismo saudável e resistente a infecções. São eles:
- Frutas cítricas: como laranjas e limões, fornece vitamina C, essencial para o sistema imunológico;
- Vegetais verdes escuros: como espinafre e brócolis, são ricos em vitaminas A e E, que também fortalecem as defesas do corpo. Incorporar esses alimentos na dieta diária melhora a capacidade do organismo de combater infecções virais;
- Alho e a cebola: possuem propriedades antivirais e anti-inflamatórias, que podem ajudar a proteger o fígado;
- Alimentos ricos em ômega-3: como peixes gordurosos (salmão, sardinha) e sementes de chia, possuem efeitos anti-inflamatórios que beneficiam a saúde hepática;
- Hidratação: beber bastante água mantém o corpo hidratado, auxiliando na eliminação de toxinas.
Além da alimentação, é importante lembrar e reforçar que a vacinação contra hepatites A e B, oferece proteção específica contra esses tipos de vírus. A combinação de uma dieta saudável, vacinação e práticas de higiene, como lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, constitui uma abordagem abrangente para prevenir hepatites virais.
Em seus check-ups você costuma fazer checagem para detecção de hepatite no sangue? A prevenção e os cuidados aqui citados são fundamentais para evitar a contaminação e, também, não permitir que o quadro se agrave.
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Chef de Cozinha especializada em alimentação saudável e funcional. Coach de Desenvolvimento Pessoal. Criadora do Programa Saudável Comigo Canal no Youtube e Portal de conteúdo sobre alimentação saudável, bem-estar e qualidade de vida.